segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Eu sou o Superman

Sim, eu sou o Superman, e na verdade eu não fiquei ausente quase 2 anos, na verdade fui explorar outros mundos. Mais precisamente fui visitar o que achei que poderia ter sido o meu. Fiquei por lá, buscando alguma coisa que me trouxesse a nostalgia da minha infância. Pena que precisei voltar para a realidade, para a Terra, para os afazeres de um super-herói.


Sim, eu bem que gostaria de de fato ser o Superman, para voar e salvar vidas, ser super forte, ter super velocidade, disparar raios pelos olhos... Mas não sou, não ao menos de fato. Tenho porém uma filha que diz para todo mundo que seu pai (eu) é o Superman, afinal tenho uma tatuagem no braço (que fiz nesse meu eco de blog), além de estar em forma sim (voltei malhar por questão de saúde mental e física também).

Muito resumidamente, passei esse período por turbulências na minha vida familiar, pois perdi minha mãe (a avó da Maria Tereza), dia 27 de outubro de 2022 (20 dias após ela (minha mãe) fazer 72 anos), vítima de um câncer. Isso me devastou, pois eu acompanhei seus últimos momentos, inclusive indo com ela para o hospital e sentir sua fraqueza (e vindo a falecer 5 dias depois).  Dia 15 de junho de 2023 perdi minha avó (com 92 anos), que foi internada antes de minha mãe falecer e portanto desencarnou sem saber que minha mãe havia partido antes. Foram meses internada, indo de um hospital para outro, tendo toda a assistência possível, além de carinho. Duas perdas fortes para mim, pois convivi de fato intensamente com minha mãe nos 10 últimos anos de vida, pois fui criado e educado por minha avó. Isso mexeu comigo demais.

Sabe quem teve serenidade para encarar tudo isso? Maria Tereza. Quando recebi a notícia do falecimento da minha mãe, eu estava trabalhando (home-office), e enquanto me preparava para ir para Vassouras, no hospital que ela estava, Maria chegou perto de mim e me deu apenas um abraço. Não precisou falar nada, só me abraçou e eu desabei. Foram dias ruins em que chorei todo santo dia, me culpando até por não ter sido tão amoroso com minha mãe como eu deveria ser. Eu apenas queria que ela parasse de fumar e tivesse a força para viver mais e ver sua neta crescer. Hoje, sei que ela está no plano espiritual olhando por nós.

Com a bisa Áurea foi menos dolorido (acho que na verdade estou segurando o choro por meses), pois sei que ela viveu o bastante para criar e educar todo mundo. A dor da perda é muito ruim.

Voltando à Maria Tereza, nesse tempo buscamos ajuda de um psicólogo e foram feitos alguns testes com ela. Descobrimos que ela tem habilidades especiais. Sua inteligência, é acima da média e ele foi diagnosticada com o que chamam de altas habilidades. Isso muda em partes a forma como devemos lidar com ela, no sentido de ver que ela não é uma criança que aceita sem questionar. Pelo contrário, tudo é questionado para ela. Fácil? Não. Analisando de forma fria, eu tenho a achar que ela tem as mesmas experiências que eu, a mesma visão de mundo que eu, a mesma inteligência (?) que eu. NÃO. Preciso (precisamos) aceitar que ela é um ser em formação, com vontade própria, percepção diferenciada, mas que acima de tudo precisa de amor.


Aliás, falando em amor, deixa eu falar da mãe? Eita criança agarrada com a mãe viu! Confesso também que preciso ser mais presente nessa questão, pois a mãe se desdobra para fazer tudo e mais um pouco. Ela faz o café, ela ensina o dever, ela dá banho, almoço, janta, coloca pra dormir. Eu... bem, eu vejo filme ou desenhos com ela (geralmente de heróis), levo na Vila Olímpica para brincar, dou bronca, pois sou chato...

Eu vou fechando por aqui, pois eu acho que me perdi entre planetas e assuntos. Prometo que volto logo, com alguma outra história que ficou sem narrar nesse tempo, ou alguma coisa nova que seja bem legal de contar.  Uma novidade importante: Maria aprendeu a ler !

 E novamente, o que mais me motiva é saber que para ela EU SOU O SUPERMAN !



OBS: desculpem novamente pela demora, mas só estou conseguindo finalizar hoje esse post (dia 29/01).


quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Superman - O Retorno

Só para avisar...

Hoje, dia 24/01/2024, vem coisa nova aí.

Estou voltando e tenho MUITA coisa para contar. Você ainda me segue. Curte aí ou deixa um comentário!




quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

De trás para frente - a gente aprende feito gente.

 Bom dia pessoal.

Sim, agora é dia 15/12/2021 e são 7:44 da manhã.  Estou escrevendo aqui ao menos para sinalizar : estou vivo, estou bem, estou aqui. Parece meio pesado, mas meu último post foi meio pesado, meio triste, como de fato eu estava. Meu desabafo foi sincero e foi pontual, como eu sempre digo e disse que esse é blog pessoal, não comercial e muito espontâneo. Não tenho pretensão de esconder minhas fraquezas e sei que minha filha um dia vai lembrar de todas as vezes que falhei, mas espero (mesmo) que ela se lembra de todas as vezes que dancei o "pararã" para ela dormir, ou das vezes que fiz o "seca e pula" quando ela saia do banho e dessa forma a distraia para ela não chorar ou se irritar. Sei também que muitas vezes falei "filha desculpa, o pai está trabalhando e não posso brincar com você agora'. Aliás, é sobre isso brevemente que vou falar agora nesse post de retomada, depois de meses sumido. 

Até a presente data (olha, frase bonita como a gente coloca em currículo), trabalho home-office, em um contrato, de 8 às 17h. Consegui esse emprego dias depois de ser dispensado daquele outro, e vou falar: nem eu acreditei. E abrindo um grande parênteses nisso: DEUS acredita em você sempre, mesmo quando a gente não acredita. A fé é testada em momentos assim e eu sinceramente me acho um homem de pouca fé (e não preciso ter vergonha em assumir isso).  Na verdade faltam 5 minutos para assumir meu posto e vou ligar meu equipamento de trabalho.

Vou deixar aqui algumas coisas só para eu lembrar e tratar no próximo post, de trás para frente:

Maria perdeu o dente e eu virei o Fada do Dente;

O fruto não cai longe da árvore, e eu sou a árvore - Maria e seu gênio.

O robô de Maria.

A marca de Maria - fiz minha primeira tatuagem.


Se puderem deixem comentários, ou até podem entrar em contato comigo. Quero conhecer e saber quem me lê e se me leem.


Grande abraço, e até breve.


Ah, se estiver lendo isso: TE AMO FILHA!💖

domingo, 4 de julho de 2021

Desabafo de um Pai

Boa noite pessoal.

Filha, agora eu gostaria de pedir licença do seu espaço, para fazer algo que eu realmente não gosto de fazer aqui nesse cantinho: um desabafo.

Eu, Washington Luiz, filho de mãe solteira, que até hoje não sei quem é meu pai, me volto novamente a um momento de incertezas. Perdi meu emprego na quinta (dia 01/07). Um emprego sem vínculo,  mas a qual me dediquei por 1 ano e 7 meses, indo 2x por semana. Um local onde eu achava que teria realmente uma progressão de carreira, com assinatura da minha carteira, ou mais aprendizado. Saí por mudanças na estrutura interna, mudanças de comando. Saí sem desavenças ou clima ruim, mas saí. Todo rompimento, por mais que seja esperado, é doloroso. As palavras de "força, Deus não dá nada que não possamos suportar, não aliviam a dor de perder uma fonte de renda que fará sim bastante falta para mim e minha família.  E novamente me coloco em dúvidas, quanto a minha carreira como profissional de TI. Bate a insegurança, o medo de ficar novamente 1 anos e 2 meses fora do mercado de trabalho. Eu já vinha realmente reavaliando minha carreira devido ao tempo, e particularmente pela minha idade. Me olhei no espelho, vi minha barba por fazer e alguns fios brancos. Nessa hora me dei conta (meio tarde?) que não tenho mais 20 anos, que estou envelhecendo, que a vida é finita e que ainda não realizei nada de bom para minha família. Um pai de 42 anos. O que minha filha vai falar de mim quando ela estiver mais velha? Que lembranças ela terá de quando tinha 5 anos? O que ela vai falar do pai? 

Eu, pai meio tarde (com 37 anos), mesmo com toda expectativa , toda vontade, toda esperança, ainda acho que estou longe de ser um exemplo de pai. Acho que o amor que dou, ainda é pouco. Vez por outra não me sinto tão companheiro como eu deveria ser. Ora ranzinza, ora mandão. Me vejo sendo o oposto daquilo que eu desejei ser para minha filha. E como é difícil quebrar velhos hábitos. Como é fácil dar conselhos ou ler "receitas prontas" em mídias sociais, em vídeos, em programas de TV. Conversei exatamente isso com minha esposa, sempre tão assertiva nos conselhos, nas leituras sobre como ser entender as crianças. Sei que ela está certa, mas quando Maria Tereza levanta a voz ou faz algo que não espero, pronto. Tudo que foi visto cai por terra e o modo Pai Chato entra em ação. Fico bravo, brigo, dou ordem, e depois claro, fico me questionando se agi corretamente. 

Sabe aquela minha última postagem sobre oração? Nesse momento de dúvidas eu só queria realmente sentir a força para orar por mim. Eu, homem de 42 anos, 1,91m, volto a ser uma criança assustada e cheia de medos. E como é ruim admitir isso, mesmo sabendo que há um DEUS que olha por mim, que me quer bem, e que me dá forças. Não quero realmente me sentir assim, mas nesse momento estou sim ferido. E como diz a música Super Herói de Sandy e Júnior (versão de outra música que também gosto muito It´s not Easy), que diz assim:

"Se eu quiser chorar
Não ter que fingir
Sei que posso errar
E é humano se ferir"

Acho que por hoje é só. Eu precisava falar isso, precisava expor(mais) meu lado normal aqui. E me perdoem não ser exatamente o melhor pai ou ser humano no mundo. Na verdade eu nunca quis ser exemplo pra ninguém, mas espero ser um pouco melhor do que sou hoje.

Forte abraço.

Fiquem com Papai do Céu.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

O poder da oração dos Pais

Boa tarde filha, boa tarde leitores, eis-me aqui novamente, e mais uma vez depois de um tempinho(INHO mesmo) longe. 

Tem uma música de uma banda chamada Pedra Letícia que se chama Crença. Eu gosto muito dela, pois realmente me fez pensar a respeito. O começo dela: 

"Você tem alguma crença
Me conta da sua fé?
Me diz no que você crê
Eu lhe direi quem você é"

Quero relatar aqui uma situação que vivemos (eu, Maria e minha esposa) que mudou realmente minha cabeça com relação a fé. 

Eu sempre hábito de falar aos quatro ventos que sou católico por formação e espírita por escolha. Ou ainda, digo que creio em DEUS acima de todas as coisas e acredito que quando quando você faz o bem para o próximo, esse mesmo bem retorna para você. Quando estou na rua e vejo uma folha cair, sempre me vem na cabeça : nenhuma folha cai senão por vontade de DEUS. Isso realmente é fé? Você já parou para se questionar qual é o tamanho da sua fé? O quanto você REALMENTE crê que lá em cima há um DEUS que te ama e te protege? 

Logo depois da minha postagem sobre Páscoa, Maria Tereza começou a apresentar problemas à noite. Dia sim e dia não ela acordava entre 00:00 e 01:00  chorando muito, nervosa e vomitando (não muito, mas vomitava). Tentávamos falar com ela, pegar no colo, fazer carinho, perguntar o que estava acontecendo e nada.  Minha esposa (a mãe) sempre rezava com ela a noite, antes de dormir, e eu , ficava na sala vendo tv (que é a hora que eu consigo parar). Isso desestabilizava minha noite. Maria passava mal e dormia. No dia seguinte não se lembrava de nada.  Isso durou quase um mês e nesse período eu  estava indo dormir as 2 da manhã. O cansaço foi acumulando. Nesse meio tempo procuramos a pediatra dela, e foi passado uma série de exames. Uma coisa que foi dita logo na consulta: retire o leite, vamos cortar a lactose. Como se faz para interromper um ciclo de uma criança que foi criada com leite materno, e depois iogurte, e leite com achocolatado? Pelo menos 15 dias tentamos e nada

Certo dia, minha esposa no meio da crise da minha filha me olhou e disse: não é Maria Tereza. Era como se algo tomasse posse de seu corpo e atrapalhasse seu sossego durante a noite, pois era sempre no mesmo intervalo. Em uma crise dessas peguei Maria Tereza, coloquei ela na cama e senti uma força estranha dentro de mim. Impus as mãos sobre ela e disse : Em nome de CRISTO eu ordeno que saia! Deixe minha filha descansar ! Ela é abençoada e protegida! Nesse instante Maria dormiu um sono pesado. O mal que eu julguei estar presente nos deixou. Logo depois fiz uma oração e dormimos. Minha esposa me olhou com os olhos arregalados, como se entendesse que não era eu a dar benção e sim a força MAIOR. Naquele momento senti o Espírito Santo agindo por meio do meu amor e da minha fé e isso fluiu. Já ouvi que a oração dos pais é poderosa e eu hoje REALMENTE acredito nisso.

Depois desse episódio, até hoje (dia 30/06) mantemos o hábito de deitarmos juntos, desligar as luzes do quarto, e fazer orações. Leio salmos da bíblia, oro com o coração e não apenas com coisas decoradas. A gente passa a sentir a força que realmente temos quando somos movidos por um amor maior. E nada melhor para exercitar isso do que zelar pelo bem-estar de nossos filhos.

Sobre os exames, apresentou uma verminose, ela tomou remédios e está bem, mas como eu sempre digo: temos que ter fé, mas acreditar na ciência, pois as duas podem e devem andar juntas. Eu, pai, um ser cheio de defeitos e dúvidas, achei no amor pela minha filha um caminho para realmente ter fé. A noite não é mais de dúvidas, e sim de amor e carinho, pedindo proteção ao plano espiritual, aos bons espíritos e a DEUS para que guarde nosso sono e não deixe nenhum mal chegar até nós.

E você? Em que crê? Como você sente essa força? A minha eu vou responder novamente: creio no amor.

Obrigado pela visita.

Te amo filha!




segunda-feira, 5 de abril de 2021

Maria - Amor em tempo de Covid

Boa noite leitor(a), boa noite filha, boa noite mundo.

Passam 2 minutos da meia-noite, então, posso dizer que hoje é dia 06 de abril de 2021. Fiquei muito tempo longe por diversos motivos, e tentando não enrolar muito vou falar de um deles: COVID. Não, não estou com essa doença, e até  o presente momento não posso afirmar que tive (não fiz exames para saber se tenho anticorpos), mas posso dizer que ano passado, nessa mesma época tive sintomas característicos (um deles foi perda do olfato e paladar). De acordo com dados oficiais, hoje temos pouco mais de 331 mil mortes. Uma perda irreparável de vidas. Pessoas próximas a mim tiveram a doença, e inclusive uma pessoa muito querida, que me deu a oportunidade de me reerguer profissionalmente, chamado Marcelo Diuana. Acho que já falei isso aqui no blog, mas fiquei mais de um ano desempregado e esse senhor me abriu as portas de uma empresa na qual hoje sou Consultor de TI, atuando diretamente com suporte. 


A questão toda é: tivemos que aprender a viver sem contato físico com outras pessoas além da nossa família. O vírus se propaga muito facilmente pelo ar, então basta inalarmos ou ,após ter contato com alguém contaminado, levar as mãos aos olhos ou nariz ou alguma mucosa para sermos também contaminados. O tempo médio de contágio e manifestação total da doença dura cerca de 14 dias e não é raro termos pessoas contaminadas que não apresentam sintomas (as chamadas assintomáticas) e que por isso podem estar transmitindo o vírus.  

Nós que estamos tão acostumados ao toque, a ver gente, a andar pela rua, ir para cinema, restaurantes e outros lugares que tanto gostamos,  de repente tivemos que aprender a não tocar, não abraçar, não juntar pessoas. O abraço, o beijo, o carinho, passou a ser pela tela de um celular ou pela webcam (isso quando dá). Para muitos, o carinho vai por uma voz mesmo, por uma mensagem de áudio no celular, por um sorriso com os olhos (pois as máscaras, tão necessárias, nos força a buscar outro jeito de mostrar afeto). O afeto das pessoas que tanto amamos ficou mais do que necessário, ficou mais evidente, mais essencial. E como ficam nossos filhos nessa história toda?
Como sempre digo, esse é um espaço pessoal, que muitas das vezes se encaixa em situações tão comuns a todos nós. Vou fazer meu relato de pai (tentando ser o mais gentil e realista possível com minha esposa claro).

Maria Tereza ficou em casa por quase um ano, pois a escolinha em que ela estuda precisou suspender as aulas presenciais, restando assim as remotas (por vídeo, com atividades que eram enviadas, ou até mesmo impressas e distribuídas na escola). Quando ela começou a se acostumar com os amigos, teve que parar. Como falei antes, o contato faz muita falta. Buscamos alternativas, atividades, jogos. A mãe, que é pedagoga e exerceu o outro lado (deu aula por celular) se virou em muitas. Mãe, amiga, conselheira, psicóloga, dona de casa, esposa, professora. Ah, e os nervos à flor da pele. Não é fácil entreter uma criança que em sua melhor fase,  da descoberta,  do contato com diferentes pessoas, da disciplina de horários, precisou ficar em casa e só saia em na rua em momentos especiais e ainda por cima usando máscara e sempre álcool 70%. Para um adulto que possui todo o conhecimento na ponta dos dedos já era ruim, para uma criança é mais ainda. E haja amor viu? Foram conversas, choros, brigas , e beijos e abraços e cumplicidade. Todos nós reaprendemos o valor das pequenas coisas. Um abraço apertado à noite, um colinho para dormir, uma música cantada baixinho, um filme assistido juntinhos (mesmo que esse filme seja visto 10x). Sim, não é fácil, mas acredito que tudo isso seja para evoluirmos. ELE sabe o que faz e nós temos que aprender, pelo amor ou pela dor.


Maria cresceu bastante nesse ano que passou, e está tão vaidosa que até um canal no Youtube tem! Adora tirar fotos, contar histórias, e está falando "inglês" como ninguém. Já eu, nesse ano longe do blog,  trabalhei um bocado, ao ponto de, no dia que ela fez 4 anos, logo após cantar parabéns e cortar o bolo (por vídeo chamada e com a presença de poucos amigos aqui em casa), eu precisar sair para fazer uma proteção veicular de um amigo do bairro que moramos. Louco né? Sim, mas sempre fiz o meu melhor, para ela por elas. Sempre com máscara e álcool.

Para não me estender muito nesse recomeço, vou falar sobre a Páscoa (dia 04/04/2021 - domingo). A mamãe da Maria comprou ovos de Páscoa com uma pessoa muito querida, amiga nossa.  Na madrugada (as 6:30) despertei e resolvi preparar a surpresa : colei pegadas de coelhinho, e em cada uma delas coloquei 2 bombons caseiros (preparados pela mamãe), levando até um lugar que estava uma cesta com os ovos. Fui deitar novamente as 8 da manhã, pois não queria que ela achasse que o Coelhinho de Páscoa passou por mim e eu não o vi. Disse para mim mesmo que não iria conseguir dormir, pois depois que acordo realmente não paro. Sabe o que me fez descansar? Deitei na cama, e ela (que estava na nossa cama), sentiu minha presença e foi se chegando, ficando em meu braço. Isso me acalmou, me deixou tranquilo e me deu paz para dormir. E assim fomos até as 10 da manhã. Ela acordou, abriu a porta do quarto, viu as pegadas e foi. Aqui embaixo vou colocar o vídeo. Missão cumprida. Ela adorou e nós sentimos que mais uma vez fizemos a coisa certa.  Espero, no fundo do meu coração que esse período seja o momento para nossa fé ressuscitar, e que nunca percamos a esperança.


Hoje (ontem, 05/05/2021) antes de ela dormir, cismou de vir para meu colo, me deu um beijo no rosto e falou  - Meu gostoso. Olhei para minha esposa que estava deitada na cama e falei : - você ouviu isso? Minha esposa riu e falou : - tira o olho que ele é meu hein. Maria Tereza, muito levada falou que eu era o gostoso dela. Brincamos um pouco, a fiz rir e dona mamãe (sempre ela) teve que acalmar para que finalmente essa menina levada e ligada nos 220V dormisse.

E o amor onde vai parar nessa história? Em cada gesto, cada suspiro, cada ensinamento, cada descoberta. Cabe a nós aprendermos diariamente a amar cada dia mais, pois "a vida é trem-bala parceiro, e a gente é só passageiro prestes à partir".

Obrigado pelo carinho, pela atenção e pelo tempo.

Te amo filha!








segunda-feira, 2 de março de 2020

Memórias

Olá. tudo bem? Você mesmo que está lendo esse blog, que procurou no Google, viu alguma referência ou até mesmo veio aqui nesse espaço porque alguém te falou para vir, me responde uma coisa (ou pense sem me dizer) - qual é sua primeira lembrança? O que te passou pela cabeça?
Já faz pelo menos uma semana que estou com essa ideia fixa de escrever sobre memórias, por "n" motivos.
Minha primeira lembrança  é de eu,  fugindo do berço para dormir junto com uma tia minha. Eu deveria ter no máximo 3 anos. Sim, nunca gostei de ficar sozinho e isso literalmente vem de berço. 
Vamos falar então de memórias, de forma solta, como gosto de ser aqui nesse espaço.

Dia 05 de janeiro de 2020 eu, por ordens médicas (ordens essas de pelo menos 2 anos atrás) voltei para academia, voltei a malhar. Sinto dores constantes na coluna, no nervo ciático, e pelo que me foi passado, a musculação ajudaria a fortalecer meu corpo, meu abdome, para proteger a coluna. E lá fui eu, com 40 anos, de óculos,  um tiozão (como diz um amigo meu), passar por avaliação física para voltar a pegar pesos , em média 1/3 do que pegava quando parei de malhar. Seguindo uma série montada pelo professor vou perseverando 4x por semana .

Agora sobre Maria Tereza (afinal o espaço é dela), tenho algo importante a dizer. 

Dia 10 de fevereiro de 2020 foi seu primeiro dia de aula. Primeiro dia de um novo ciclo, de uma nova vida, e se DEUS quiser, um caminho sem volta,  rumo ao conhecimento ao aprendizado contínuo. Dois dias antes, portanto um sábado, eu e mamãe fomos comprar mochila, lancheira, avental e outras coisinhas para que nossa filha tivesse o necessário, sem exageros, para começar essa nova etapa. 
No dia, mamãe deu banho, arrumou   Maria, deu almoçou e logo depois fomos todos (eu, mamãe, vovó e dindo) levar para a escola que fica há 3 quadras de nossa residência. Entrou chorando, não queria ir, não queria sair de perto da gente e com muito custo foi. Parecia que o mair sofrimento era da mãe e da avó. Eu ali me mantinha forte, tentando passar calma, entendendo que tudo aquilo era necessário. Foi no colo de uma auxiliar, chorando. Dindo levou a mamãe de carro para a escola em que ela trabalha (e já estava atrasada), vovó foi pra casa, e eu, não consegui sair da escola. Fiquei do lado de fora, por 2 horas (de 13 às 15), sentado no banco, esperando meu anjo sair, enquanto ouvia choros de crianças e rezava para não ser Maria Tereza. Enquanto isso um filme se passava pela minha cabeça. Memórias....
Lembro do C.A (hoje seria algo como o maternal 2, a mesma série que minha filha está), e lembro de uma tia minha me deixar na sala e sair, dizendo que voltaria logo. Lembro que chorei.  pois não queria ficar. Apesar de não ser minha primeira experiência em escola (eu um ano antes frequentei uma escolinha perto da minha casa ) , era a primeira vez que eu sentia que estava em um lugar totalmente novo. Fiquei na cadeira, sentado, segurando a vontade de entrar na sala e levar minha filha pra casa, para ficar agarrado e dar um monte de beijos. Não é assim que a vida tem que ser. Tudo é um processo, e faz parte da nossa evolução, do nosso caminho. Interromper uma etapa não é sinal de amor, é sinal de egoísmo. E fui levando, vendo a hora passar.  Na saída, Maria Tereza  veio sorrindo e, ao perguntar como foi, tive a resposta mais sincera (e esperada por mim) : foi maravilhoso! E fomos assim sorrindo pra casa. Começamos bem! Em casa comeu biscoitinho com banana amassada, logo depois de tomar banho e ficamos de dengo. Quando mamãe chegou , muito mais dengo e beijos. O sono da tarde? Ficou para a mamãe fazer dormir. 

E as memórias, onde se encaixam?  Em tudo! Qualquer sensação, estímulo, cheiro, som, imagem, desperta o que estava guardado. Vejo muito isso hoje, com minha filha, em cada atitude dela, cada descoberta. Eu volto no tempo também . Agora sobre mim? O que eu vejo é que nosso corpo tem memória. Sim, memória muscular. Basta um estímulo e ... o corpo responde. Com pouco mais de um mês eu senti diferença no meu corpo. O que antes estava sem tônus, voltou a aparecer músculos e confiança. Vejo cada grupo de músculo trabalhando e ficando visível a transformação em tão pouco tempo. 
Hoje, enquanto escrevo esse texto (após o carnaval), vejo que foi sim a melhor escolha que fiz. Minha saúde agradece e Maria Tereza também, pois vai ter um pai mais disposto a brincar e aguentar seu pique. 

Olhar para a Maria na escola é como relembrar cada momento meu, cada dia de aula. cada brincadeira, cada amigo que fiz e lembrar de cada professor e professora que foi importante em construir meu pensamento crítico. Pai e mãe educam, mas professores mostram o caminho. Se hoje eu estou aqui escrevendo esse blog, foi porque quanto eu tinha 16 anos e estava no primeiro ano do ensino médico (antigo 2º grau), tive aula de literatura com um professor chamado Severino. Eu tinha tanta admiração e respeito por esse senhor, que hoje eu só queria que ele soubesse que aquele aluno que era apaixonado por poesia, aprendeu a escrever com o coração.

Maria Tereza vai seguir o mesmo caminho, vai amar cada coisa que fizer e vai fazer sua história ser linda, do jeito que ela quiser. Ela vai saber que no fundo, cada passo que damos é parte da jornada. E nessa jornada estaremos sempre apoiando. Nem sempre vamos sorrir, mas vamos sempre orientar com amor, carinho e respeito.

No próximo post vamos falar sobre Carnaval. E tem coisa legal vindo aí.  Por enquanto vou deixar umas imagens da minha Pequena Grande Menina.

Beijos e abraços!